Creio que todos os que já vem freqüentando o blog há algum tempo já deve ter notado que eu sou uma fã declarada e incondicional da autora e amiga Josiane Veiga; ela “me ganhou” quando me presenteou com a oportunidade de ler “Rendição”e sua seqüência “Redenção” (Josy, nem preciso dizer que estou numa ansiedade desmedida para ler o desfecho da saga Jishu, não é?!). E, pela deliciosa experiência que tive ao ler os dois títulos citados acima, posso confirmar uma coisa: o talento para conceber uma trama e colocá-la no papel corre de forma latente nas veias dessa - ainda - escritora independente.
Logo quando ela anunciou que haveria um book-tour dos demais livros dela, fui correndo (virtualmente falando) me inscrever.
Comecei a ler "A rosa entre espinhos" que, pela sinopse, eu aposto que grande maioria dos leitores acredita que não passa de um romance clichê e meloso da criada que se apaixona pelo patrão, que vai ter os sentimento correspondidos pelo bonitão e que vai comer o pão que o Diabo amassou e Hitler cuspiu em cima antes de poder viver feliz com o príncipe encantado.
Se você pensar assim, sinto-me na obrigação de informá-lo que está completamente enganado. “A rosa entre espinhos” além de ser um romance envolvente - do tipo que você não consegue largar -, ter personagens tão bem descritos em seus defeitos e qualidades que faz o leitor ter quase certeza que eles existem de verdade (que é uma das características favoritas dos livros da Josy), a trama mexe com a estrutura de quem o lê, faz com que você reflita sobre as situações que vão se desenrolando ao longo da história.
Sim, meu amigo, você vai refletir. E mesmo diante do personagem mais FDP, você ainda vai pensar se ele não tem razões para ser como é e tomar determinadas atitudes.
O título do livro se encaixa a obra como luva; Mairi (nossa protagonista) é uma jovem que não conhecia outra vida que não fosse a de ser serva na Mansão McGreggor. Abandonada quando bebê nos portões da residência, foi criada pela governanta e logo que pode começar a aprender as tarefas domésticas, assim foi feito.
Crescendo sozinha e sem família, Mairi nunca teve grandes ambições, ou melhor, nem achava inteligente tê-las. O quê uma empregada órfã poderia desejar da vida? Exatamente: nada. Pelo menos é assim que nossa heroína pensa até conhecer o belo Ian McGreggor.
À partir daquele encontro ela passou a sonhar; um sonho insensato mas o qual não conseguia ignorar, mesmo que o escondesse na parte mas escondida de sua alma: ela queria o coração de Ian.
Uma amizade nasceu entre os dois e crescia a cada dia, até que Ian se viu completamente apaixonado pela doçura e simplicidade de Mairi.
Mas como felicidade de pobre dura pouco, os planos dos pombinhos de ficarem juntos estavam na mira de quem não queria nem sonhar em ver aqueles dois juntos: Lady Dorothea, a mãe de Ian.
Aproveitando uma viagem do filho, a “digníssima dama” escurraçou Mari para fora da mansão.
Sem rumo e com a ajuda de um amigo, Mairi ruma para Londres na esperança de encontrar trabalho e reencontrar o homem de sua vida.
Mas as coisas não são tão fáceis como Mairi achou que seriam. Além de não encontrar Ian (afinal, é de Londres que estamos falando, não de Itapecerica da Serra), ninguém dá trabalho para uma moça sem família e sem referências.
Sem dinheiro, emprego ou qualquer conhecido naquela cidade imensa, Mairi não tem outra opção a não ser viver nas ruas.
Exatamente, nas ruas... Sujeita a todos os riscos existentes nessa situação.
Como se já não fosse desgraça demais para uma pessoa só, Mairi acaba sendo agredida por três brutamontes que queriam se “divertir” com ela. Isso mesmo, os desgraçados queriam violentar a pobrezinha.
Mas eis que no último instante, como um paladino montado num cavalo branco (só que sem o cavalo) surge Allan, que coloca os filhos da puta para correr com o rabo entre as pernas, leva Mairi para casa e cuida dela.
E por arte do destino, Allan nada mais era do que o melhor amigo de Ian e conta a Mairi que a vaca da Lady Dorothea (ok, ele não usou a palavra “vaca”, mas não teria problema se tivesse usado) envenenou a cabeça de Ian, dizendo que Mairi havia aproveitado a ausência de Ian para fugir com outro homem (tá vendo? ela é uma vaca). Por isso, Allan queria preparar o terreno e esclarecer tudo com o amigo antes de levar Mairi até ele.
O plano parecia ótimo não é? Só que as coisas acabam não saindo conforme o planejado. Ian descobre que Mairi está em Londres e aproveita o momento que ela fica sozinha para vingar-se daquela que ele acreditava ter traído seu amor. E ele se vinga, submetendo Mairi a pior humilhação que uma mulher poderia passar (e me fez xingá-lo de todos os palavrões que conheço).
O que foi? Não digo. Vá ler o livro para descobrir, pois vale muito a pena! Isso que eu contei não é nem metade do livro, é só para esquentar as turbinas mesmo!
“A rosa entre espinhos” é um livro riquíssimo, além do romance conturbado entre Mairi e Ian, ainda há o mistério quanto ao assassinato da primeira noiva de Ian, cujas pistas apontam justamente para ele. Aborda a importância e capacidade do ser humano de perdoar um erro; a violência sexual, a lealdade, a amizade verdadeira e pura, tão rara hoje em dia; tem umas cenas pra lá de calientes e os personagens que são um espetáculo à parte. Adorei a Mairi, que embora seja uma fofura, é dona de uma personalidade forte e admirável; Ian, mesmo cometendo um erro abominável, é fascinante; mas meu coração nesse livro é do Allan, pois é lindo por dentro e por fora, tem um coração de ouro e um caráter irrepreensível.
Sério, se você olha torto para romances, se dê o prazer de ler “A rosa entre espinhos”, pois garanto que você vai adorar e quando ler a ultima pagina vai sentir o coração apertado quando tiver que dar adeus aqueles amigos de papel.
3 comentários:
Olha eu quero ler esse livro, mas fico pensando o que eu vou querer fazer assim que eu saber da trama dos personagens... Talvez queimar como tentei fazer com o outro ou chuta a bunda de algum personagem?
Os livros de Josy sempre me deixam com uma vontade de sacudir o infeliz ou a infeliz. Adorei a sua resenha e esperando pelo livro...
AHHHHHHHHH rafa, que lindo.. mesmooo!!! Estou sem palavras pela beleza da sua resenha^^ obrigada de coração por ter curtido minha obra...
O mais legal é que TODAS amam Allan.. hauahauaaha.. sabia que a Lucy escreveu um livro sobre ele?
Oi Lindinha, tudo bem? Quanto tempo não venho por aqui... Ahhhhh que capa linda, amei! ;)
Beijo, beijoooo
She
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