Assassinatos na Academia Brasileira de Letras

À princípio a morte do senador e escritor Belizário Bezerra no meio da cerimônia em que ele seria anunciado como o mais novo Imortal da Academia Brasileira de Letras, embora tenha sido completamente inesperada, não causou qualquer estranhesa. Afinal, a hora de se tornar um membro da Academia era desejada por muitos e conquistada por poucos; logo, não era de se admirar que o coração de Belizário não tenha aguentado tamanha emoção.

Entretanto, quando Aloysio Varejeira - também Imortal - tombou mortinho da silva no enterro do colega, faz com que o comissário Machado tenha sérias suspeitas se a morta daqueles dois membros da Academia realmente tinham causas naturais.

E bastou uma rápida autópsia realizada pelo legista - e amigo de infância de Machado - Gilberto de Penna-Monteiro para constatar que de natural aquelas mortes não tinham absolutamente nada: os dois haviam sido envenenados!

Agora era missão de Machado descobrir quem estava por trás daqueles assassinatos o mais rápido possível, pois seu sexto sentido lhe dizia que aqueles dois não eram os únicos de quem o assassino queria dar cabo.

Eu poderia dizer que "Assassinatos Academia Brasileira de Letras" é um prato cheio para quem não só gosta de uma boa história de mistério como adora brancar uma espécie de investigador e ir juntando as pistas ao longo do livro, tanto para descobrir quem está por trás desses crimes como o por quê dele fazer tais atrocidades.

No entanto, este é um daqueles livros que tem algo mágico e consegue agradar gregos e troianos

Não, eu não estou exagerando. Tanto para quem gosta de uma trama bem amarrada e de personagens não só cativantes como magistralmente desenvolvidos; para quem curte informações históricas durante o desenrolar da trama; ou simplesmente gosta de dar umas boas gargalhadas, este livro é mais do que recomendado!

E para quem gosta de História, mesmo que seja só um pouquinho, garanto que vai se apaixonar pelo local e época em que se passa a trama.

Imagione o Copacabana Palace recém-inugurado e o Corcovado sem a tão famosa estátua do Cristo Redentor em seu topo... Sim, tudo passa no Rio de Janeiro na década de 20.

E além da trama e dos personagens, esse foi um dos detalhes que mais gostei ao ler esse livro. Jô Soares não só foi muito feliz ao escolher a cidade maravilhosa como cenário, como ele explora muitos dos lugares que já existiam naquela época e ainda existem hoje em dia (os Arcos da Lapa, a tradicional Confeitaria Colombo, entre outros). O exercício criativo para visualizar as cenas na nossa tela mental é muito mais fácil.

Então não percam tempo ok? Descubram quem está por trás dos "Assassinatos na Academia Brasileira de Letras"

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