Mais um romance policial, dessa vez de autoria de George Pacheco. Exatamente, mais um livro onde o leitor deixa de ser um mero expectador e se torna uma espécie de investigador, tentando juntar as peça e resolver um complicado quebra-cabeça.
Com o intuito de prender um estelionatário (cujo golpe era se casar com mulheres ricas e alguns meses depois do casamento o malandro desaparecia, levando grande parte dos bens da esposa consigo), o detetive Aquiles disfarça-se de médico e sobe à bordo do luxuoso navio “Mare Dei”. Fontes seguras afirmavam que o vigarista também embarcaria no navio. Só que havia um grande porém: Aquiles não tinha nenhuma foto do malandro, logo, para conseguir o quê queria teria que observar TODOS os passageiros durante a viagem e, com seu faro de investigador, ver qual deles estava aplicando ou tentando aplicar o golpe do baú.
Cá entre nós, fiquei bem confusa com esse detalhe da ausência de foto. Como assim nenhuma das mulheres com quem o cara se casou não tinha nenhuma foto do sujeito? Sério, como? Por quê, vamos combinar uma coisa: uma pessoas apaixonada adora ficar tirando um zilhão de fotos no começo do relacionamento. Ou será que, antes de dar linha na pipa ele tratava de se livrar de todas as fotos que havia tirado com a “esposa”? Ou será que ele, até para evitar ser fotografado dava a desculpa “eu odeio tirar foto”? Enfim... Esse fato da ausência de foto ficou um tanto confuso para minha pessoa. Não que isso prejudique a história, de forma alguma, foi só um detalhe que me chamou a atenção mesmo.
Paralelo à investigação, conhecemos João, que trabalha como garçom no navio. Mas mesmo estando naquele emprego há poucos meses, estava um pouco cansado daquela vida. Seu maior desejo era ter um emprego mais estável com um salário melhor e poder construir uma família. E eis que durante o embarque dos passageiros, ele acaba esbarrando em Helena: uma mulher linda, rica e que o deixa encantado à primeira vista. No entanto, o momento de fascinação dura poucos segundos, pois o marido de Helena vê naquele esbarrão um gesto imperdoável e de suma incompetência, não perdendo a chance de gritar com o rapaz na frente de todo mundo, deixando a moral do João mais baixa do que moral de torcedor brasileiro no final da Copa de 1998.
Além de estar acompanhada do marido grosso e encrenqueiro (depois pobre que é barraqueiro, né?), Helena também está viajando com a irmã mais nova, Catarina. E vou te falar uma coisa: ô garota chata!! Apesar de ter quase treze anos e fazer questão de agir como uma adulta, na maior parte do tempo ela é tão insuportável quando uma criança de quatro anos fazendo uma pirraça escandalosa no meio de uma loja de brinquedos! Pois é, para a Helena aquela viagem estava longe de ser algo relaxante e divertido.
Só que ela mas esperava que no meio de todo esses estresse seria abordada pelo elegante garçom que seu marido havia humilhado e que, após pedir desculpas pelo esbarrão, acabou revelando seus sentimentos, se dizendo perdidamente apaixonado e para completar, ainda roubou um beijo dela. No começo ela até tentou lutar, afinal, era uma mulher casada, mas acabou não resistindo (danada ela, né?).
Achei essa paixão entre a Helena e o João um pouco rápida demais, sabe? Com uma simples troca de olhar e com um beijo já foi o suficiente para ficarem trocando “eu te amo”? Mal comparando – muito mal comparando, na verdade – ficou algo meio Bela e Edward de “Crepúsculo”...
Só que o casal de pombinhos nem se quer imaginavam que aquele romance não passava despercebido para uma pessoa. Não, não era o Március, até por quê, se fosse ele, estúpido como era, com certeza ia jogar toda a compostura em alto mar e partir pra briga com o João. O detetive Aquiles é que observava aquele romance à distância, acreditando que João era o estelionatário e estava tentando seduzir Helena, para assim, aplicar seu golpe.
Mas, sem que ninguém esperasse, durante uma festa no navio Helena aparece morta no convés. Todos os indícios indicavam suicídio, mas o faro de Aquiles dizia que aquilo a moça havia sido assassinada e seu algoz, para não despertar suspeitas, fez com que tudo parecesse suicídio.
Teria sido Március que, ao descobrir que havia ganhado um par de chifres, num momento de fúria acabou matando a esposa? Seria João, que ao ser descoberto como estelionatário por Helena, precisava apagar quem o pudesse incriminar? Ou seria nenhum dos dois? Seria no assassino e o estelionatário a mesma pessoa ou um crime não teria nada haver com o outro? Teria Catarina realmente visto o fantasma da irmã correndo pelos corredores do navio?
Junte-se a Aquiles, para descobrir a resposta para essas e muitas outras perguntas ao redor do mistério de “O Fantasma do Mare Dei”.
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