A noite já se fazia notar quando a chuva forte, que havia caído quase ininterruptamente durante o dia transformou-se numa suave garoa. No entanto, as densas nuvens escuras que pairavam preguiçosas pelo firmamento e o vento frio que vinha dos domínios de Poseidon, dava a certeza aos habitantes da pequena cidade litorânea que não demoraria a chover novamente.
Com o tempo nada convidativo, viam-se poucas pessoas pelas ruas; os arredores do porto, sempre tão movimentados, estavam praticamente desertos. Até as vendedoras de prazeres, que tinham nos marujos recém-chegados de alto mar, homens fiéis aos seus serviços, haviam preferido procurar clientes nas tabernas sempre cheias e animadas.
Apenas duas figuras caminhavam pelo porto indiferente ao mau tempo, usando elegantes túnicas mais para não chamar a atenção do que por necessidade. Frio e calor era algo que há muito não lhes provocava incomodo.
-O cheiro da maresia é algo realmente maravilhoso - comentou o rapaz com traços joviais, não aparentando mais do que dezessete anos. Altura mediana, magro, longos cabelos vermelhos que cobriam toda a extensão de suas costas com suaves e graciosas ondulações nas pontas; olhos castanhos claros que ostentava a meiguice de uma criança. Respirou fundo mais uma vez e continuou. -Vou poder sentir esse cheiro por toda minha existência e nunca vou deixar de me encantar com ele.
-Já eu me pergunto por quanto tempo continuarei me impressionando com a inteligência do homem - comentou o outro rapaz. Seus traços eram mais maduros do que de seu companheiro, mas ainda sim não demonstrando ter mais do que vinte e três invernos. Alto, porte atlético, cabelos castanhos levemente encaracolados, que combinados com seus olhos verdes, levemente melancólicos, fazia com que todos que o encarassem pensassem estar diante de um anjo. - Olhe esses navios. A cada dia que passa estão mais surpreendentes. O mar tão imenso, esta cada vez mais mostrando que não é invencível... É fantástico como a humanidade não se satisfaz com o que já conquistou e sempre procura progredir em todas as áreas.
-Realmente... Eles sempre procuram transformar tudo ao seu redor em algo melhor - comentou o ruivo sem muito interesse naquela conversa; respirou fundo e continuou. - Mas é uma pena que por mais que eles descubram coisas maravilhosas e tornem esse mundo um lugar fantástico para se viver, não possam usufruir de toda essa maravilha pra sempre.
-Diferente de nós.
CONTINUA... Mas só no livro.
Com o tempo nada convidativo, viam-se poucas pessoas pelas ruas; os arredores do porto, sempre tão movimentados, estavam praticamente desertos. Até as vendedoras de prazeres, que tinham nos marujos recém-chegados de alto mar, homens fiéis aos seus serviços, haviam preferido procurar clientes nas tabernas sempre cheias e animadas.
Apenas duas figuras caminhavam pelo porto indiferente ao mau tempo, usando elegantes túnicas mais para não chamar a atenção do que por necessidade. Frio e calor era algo que há muito não lhes provocava incomodo.
-O cheiro da maresia é algo realmente maravilhoso - comentou o rapaz com traços joviais, não aparentando mais do que dezessete anos. Altura mediana, magro, longos cabelos vermelhos que cobriam toda a extensão de suas costas com suaves e graciosas ondulações nas pontas; olhos castanhos claros que ostentava a meiguice de uma criança. Respirou fundo mais uma vez e continuou. -Vou poder sentir esse cheiro por toda minha existência e nunca vou deixar de me encantar com ele.
-Já eu me pergunto por quanto tempo continuarei me impressionando com a inteligência do homem - comentou o outro rapaz. Seus traços eram mais maduros do que de seu companheiro, mas ainda sim não demonstrando ter mais do que vinte e três invernos. Alto, porte atlético, cabelos castanhos levemente encaracolados, que combinados com seus olhos verdes, levemente melancólicos, fazia com que todos que o encarassem pensassem estar diante de um anjo. - Olhe esses navios. A cada dia que passa estão mais surpreendentes. O mar tão imenso, esta cada vez mais mostrando que não é invencível... É fantástico como a humanidade não se satisfaz com o que já conquistou e sempre procura progredir em todas as áreas.
-Realmente... Eles sempre procuram transformar tudo ao seu redor em algo melhor - comentou o ruivo sem muito interesse naquela conversa; respirou fundo e continuou. - Mas é uma pena que por mais que eles descubram coisas maravilhosas e tornem esse mundo um lugar fantástico para se viver, não possam usufruir de toda essa maravilha pra sempre.
-Diferente de nós.
CONTINUA... Mas só no livro.
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