Guardians - Volume I


“O mundo dos homens é protegido do mundo de malignas criaturas por uma barreira dimensional. Frágil e sob constante ameaça, ela é protegida por doze guerreiros sob os signos das estrelas: os Guardiões.

A missão desses jovens, que contam com poderes sobre-humanos, é evitar que catástrofes tomem o mundo, fechando uma fenda na barreira e impedindo a passagem dos monstros. Porém, por mais que tenham incríveis poderes, as fraquezas inerentes aos humanos – o amor, o ódio, a vingança e a hesitação – continuam presentes, tornando a missão um pouco mais difícil do que parecia ser...”


Pronto. Ler a sinopse do livro já foi o suficiente para despertar o monstrinho da curiosidade que vive em mim. Depois de ler o primeiro capítulo do livro (está disponível no site da autora, vale a pena conferir) e a ficha dos personagens principais da trama “monstrinho curioso” só ficou mais agitado. E quando soube que a autora, Luciane Rangel, assim como eu, foi (e ainda é) fã de animes, mangás e da cultura japonesa em si eu tive certeza de uma coisa: o “monstrinho curioso” não ia sossegar enquanto eu não lesse esse livro.

Vou pedir licença a Petit Ange e pegar emprestada uma frase que ela usou no início do prefácio de “Guardians”: coisas boas aparecem quando menos se espera. Pois se antes eu já tinha certeza que, ao ler o livro, encontraria uma grande história, agora que terminei o primeiro volume posso dizer com convicção: sim, eu encontrei uma grande história.

E não digo isso só por quê sou fã de animes e mangás e o enredo de “Guardians” tenha essa magia que as obras nipônicas tem e me encantam tanto. Na verdade, uma das minhas “preocupações” ao redor dessa obra é que ela fique restrita apenas ao nicho “otakus” e “nerds”. Infelizmente o Brasil não é um país cujo o número de leitores cause orgulho; para “piorar”, existe preconceito ao redor de alguns gêneros literários.

“Não julgue um livro pela capa”; sei que esse pode ser o ditado mais velho e batido do universo, mas ele cai como uma luva. Mesmo que você não goste de mangás, monstros caricatos, lutas envolvendo magias elementais e todos esses elementos nipônicos, ainda sim sugiro que “dê uma chance” a “Guardians”; as chances de não gostar do livro são mínimas!

A história é envolvente; ao contrário de alguns livros que, ao final dos capítulos o leitor pensa “vou dar uma paradinha e leio um pouco mais depois”, fazer isso com “Guardians” é quase impossível: o leitor realmente fica ansioso para saber o que virá a seguir.

Mas, prometi a mim mesma que não falaria muito sobre a história, e tudo que vou dizer é que ela já começa com pé direito, tendo direito até a um embate entre a Guardiã de Leão contra um Monstro – aliás, outro ponto alto do livro é que, além das várias lutas entre heróis e demônios é que todas são bem descritas. E não pára por aí a história vai crescendo e, mesmo que o foco seja “lacrar a barreira antes que ferre tudo de vez”, o leitor também é envolvido pela história de cada um dos personagens e, claro, pelo mistério que gira em torno da Guardiã de Câncer.

E claro, não posso deixar de falar dos personagens, que mesmo sendo heróis de ficção, são bem trabalhados que o leitor fica com a sensação “poxa, seria tão legal se ele existisse”. Mau é protetor e carinhoso, o quê faz qualquer um desejar um amigo ou irmão como ele; Sniper e seu charme com certeza lembra o amigo “galinha” que todo mundo tem; Shermie, mesmo com uma marra que lembra muito a Docinho de PPG, é divertida, ainda mais quando briga com o Sniper; Hikari é tão tagarela que fala pelos tornozelos, pois os cotovelos não conseguem dar vazão; embora a mania de organização de Ryan irrite um pouco, impossível não se fascinar pelo bom coração que ele tem; até um coração de pedra se comove com o amor proibido entre Maire e Micaela; a forma melosa com que Eric trata a namorada incomoda, mas é recompensada pela displicência dele, que é no mínimo cômica. Até diante da frieza e do desejo de vingança de Li Qiang, fica difícil não gostar dele.

Se teve algum personagem que eu não gostei? Sim teve. Sofie, a antiga Guardiã de Áries e atual responsável por treinar o novo grupo de Guardiões; a forma como ela trata a filha, às vezes é absurda de tão ruim.

E outra personagem que não caiu nas minhas graças foi Anne, a Guardiã de Câncer; embora gire um grande mistério em torno dela (o qual eu já desconfie o que é) ela é muito, mas MUITO chorona. Ela pode ter crescido sem amigos e não saber fazer nada sozinha, mas ela está num nível que é capaz de tirar Jesus Cristo do sério. Embora acredite que ela vá crescer ao longo da trama, não posso ter certeza que eu vá criar simpatia pela personagem.

Só que agora há um problema: meu “monstrinho curioso” não consegue mais dormir. O final do livro não deixou com um gostinho de quero mais: deixou com O gosto. Felizmente a Luciane avisou que não precisaremos esperar muito pelo próximo volume; em abril ele provavelmente estará prontinho para saciar tanto o meu “monstrinho” quanto seus leitores, que assim como eu, estão ansiosos pela continuação da história de “Guardians”!

Um comentário:

Cadu disse...

Ai, eu quero muito esse livro! Eu sempre gostei desse genêro :)